A paralisia do carrapato é uma condição séria que afeta cães e gatos, sendo causada por uma toxina presente na saliva das fêmeas de certas espécies de carrapato. Essa doença, juntamente com outras enfermidades como a babesiose e a erlichiose, pode ser prevenida com ações simples que devem ser incorporadas à rotina dos animais de estimação.
Os sintomas da paralisia do carrapato podem se manifestar gradativamente e incluem: dificuldade para se alimentar, vômitos, salivação excessiva, dilatação das pupilas, perda parcial ou total dos movimentos, diminuição dos reflexos, episódios de asfixia, aumento da pressão arterial, aceleração do ritmo cardíaco e fraqueza nos membros traseiros. A identificação precoce desses sinais é crucial para garantir um tratamento eficaz.
O diagnóstico da paralisia do carrapato deve ser realizado por um médico veterinário qualificado. O especialista avaliará clinicamente o animal e realizará exames laboratoriais para determinar a melhor abordagem terapêutica. O tratamento inicial geralmente envolve a remoção completa dos carrapatos do corpo do pet. Essa etapa é essencial para evitar a liberação contínua da toxina no organismo do animal.
A desinfestação deve ser feita cuidadosamente, pois muitos tutores tentam remover o carrapato manualmente, mas frequentemente deixam partes dele dentro da pele do animal, o que pode resultar na continuidade dos efeitos tóxicos. Quando a infestação não é severa, a retirada dos parasitas e a higienização podem levar à recuperação gradual do animal.
Em casos mais graves, onde há sintomas de paralisia respiratória, a internação em uma clínica veterinária 24 horas pode ser necessária. Durante a internação, o pet receberá monitoramento rigoroso, ventilação artificial e medicamentos específicos para combater os efeitos da toxina.
A prevenção contra a paralisia do carrapato é fundamental, considerando que esses parasitas podem estar presentes em qualquer ambiente, incluindo áreas urbanas. Portanto, adotar medidas preventivas se torna indispensável:
- Higienização Regular: Os pets devem receber banhos e tosas frequentes conforme recomendação veterinária.
- Uso de Carrapaticidas: Produtos destinados à eliminação de carrapatos devem ser utilizados apenas sob orientação profissional devido ao seu potencial tóxico.
- Inspeções Frequentes: É importante inspecionar regularmente o corpo do animal em busca de carrapatos, especialmente nas áreas das orelhas, pescoço e barriga.
- Cuidado em Passeios: Ao passear com o pet, sempre verifique se ele está livre de carrapatos. Isso não significa evitar interações com outros animais.
- Proteção do Ambiente: Manter a casa limpa e seca é essencial. Em áreas com alta infestação de carrapatos, dedetizações regulares podem ser necessárias.
- Produtos Preventivos: No mercado existem diversas opções de produtos que previnem infestações, como pipetas e coleiras antiparasitárias. Consulte um veterinário para escolher o mais adequado ao seu pet.
- Remoção Adequada de Carrapatos: Se um carrapato for encontrado no animal, deve-se usar uma pinça especial para removê-lo completamente. Caso haja dúvidas sobre como proceder, recomenda-se levar o pet a um especialista.
Mantendo visitas regulares ao veterinário e adotando práticas preventivas adequadas, os tutores podem proteger seus animais contra essa e outras doenças transmitidas por carrapatos.


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