A rota do ciclone prevista para este fim de semana começa no Centro da Argentina, onde um centro de baixa pressão avança de Oeste para Leste, entre as províncias argentinas e o Uruguai. Segundo meteorologistas, o sistema deve se aprofundar entre domingo (16) e segunda-feira (17) na região do Rio da Prata. Apesar da evolução, os dados atuais não apontam para uma repetição do cenário extremo registrado entre os dias 7 e 8, quando um ciclone formado no Rio Grande do Sul provocou destruição em Santa Catarina e no Paraná, deixando nove mortes — sete delas em território paranaense.
Desta vez, as projeções indicam que o novo sistema seguirá uma trajetória mais ao Sul, sem ingressar diretamente no Brasil. Após se aprofundar próximo ao Rio da Prata, o ciclone deve se deslocar rapidamente para Leste e Sudeste sobre o oceano, afastando-se do continente no início da próxima semana. Com isso, não há expectativa de vento ciclônico intenso nas áreas costeiras do Sul do Brasil, já que o centro do sistema permanecerá distante do litoral.
Mesmo com a rota afastada do Paraná, o ciclone deve impulsionar a formação de uma frente fria que trará impactos significativos no estado. A frente avança entre domingo e segunda, com previsão de chuva generalizada e risco de tempestades isoladas, que podem variar entre fortes e severas, com possibilidade de vendavais e queda de granizo.
De acordo com o meteorologista Reinaldo Kneib, do Simepar, calor e umidade acumulados desde quarta-feira (12) já criam condições para tempestades, especialmente no Oeste, Sudoeste e Norte do Paraná. No domingo pela manhã, há risco de temporais severos, com vento forte, granizo e grande incidência de raios. Durante a tarde e à noite, a instabilidade avança para as demais regiões, incluindo os Campos Gerais, o Litoral e municípios como Ponta Grossa.
A previsão indica acumulados elevados até o início da próxima semana, com destaque para o Centro-Leste do estado. A partir de terça-feira (18), há tendência de estabilização gradual do tempo, com redução da chuva e avanço de ar mais seco.
Para os moradores do Paraná, especialmente das regiões mais suscetíveis a temporais, a orientação é acompanhar boletins meteorológicos e ficar atento às mudanças rápidas no tempo, mesmo com a rota do ciclone passando ao Sul e sem impacto direto no território brasileiro.
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