O pedreiro Marlon Adrian Souza da Silva, de 33 anos, está desaparecido desde o dia 1º de setembro, em Ponta Grossa. O que se sabe sobre o desaparecimento é que ele teria saído de casa levando aproximadamente R$ 6 mil e acompanhado de um homem de 38 anos, com quem iria negociar a compra de um imóvel. Desde então, não foi mais visto.
De acordo com o delegado Luis Timossi, do setor de homicídios da 13ª Subdivisão Policial (SDP), o suspeito se apresentou à polícia ainda no dia do desaparecimento e contou diferentes versões que não eram verdadeiras. Em uma delas, afirmou que havia deixado Marlon em uma boca de fumo, alegando que ele seria usuário de drogas, o que foi descartado durante a investigação.
O homem de 38 anos teria tentado atrapalhar o trabalho policial e acabou preso na noite de terça-feira (3), durante uma operação no Jardim Esplendore, realizada pela Polícia Civil com apoio da Polícia Científica. No imóvel onde Marlon teria estado com o suspeito, foram encontradas marcas de sangue, colhidas digitais e apreendidos materiais para análise.
O detido já possui antecedentes criminais e foi condenado em 2013 por latrocínio (roubo seguido de morte). Ele cumpriu parte da pena e estava em liberdade com uso de tornozeleira eletrônica.
Na manhã desta sexta-feira (5), equipes policiais retornaram à residência do suspeito para uma nova perícia em dois veículos e em materiais coletados no local. O Corpo de Bombeiros foi acionado para realizar escavações em um ponto suspeito do terreno, em ocorrência registrada como resgate de cadáver, mas nada foi encontrado.
Ainda segundo o delegado Timossi, há relatos de vizinhos de que, próximo à data do desaparecimento, teria sido feita uma fogueira no imóvel. A perícia confirmou indícios de que o fogo foi realmente ateado no local. Além disso, moradores denunciaram terem ouvido três disparos de arma de fogo vindos da residência.
As investigações continuam sob sigilo. A polícia aguarda os resultados das perícias realizadas nos veículos, nos materiais recolhidos e nas marcas de sangue. O suspeito permanecerá preso temporariamente até a conclusão das apurações.
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