A cidade de Castro, nos Campos Gerais, enfrenta nesta semana os efeitos da forte chuva de granizo que atingiu o município na terça-feira (27), deixando cerca de 600 casas danificadas e impactando serviços públicos, comércios e a rotina de milhares de moradores. Para atender as famílias prejudicadas, a Defesa Civil estadual enviou 5,2 mil telhas ao município em duas remessas, além de outros materiais de emergência.
Defesa Civil reforça ajuda às famílias
Na noite de terça, os caminhões levaram 2,6 mil telhas a Castro. Já na manhã de quarta-feira (28), mais 2,6 mil unidades chegaram à cidade, totalizando 5,2 mil peças entregues. O material está sendo distribuído no Educandário Manoel Ribas, junto com colchões, roupas, calçados, madeira e alimentos. Até o momento, cerca de 340 pessoas já receberam apoio direto. Segundo a Prefeitura, aproximadamente 2,4 mil moradores foram afetados, mas apenas nove ficaram desabrigados – oito deles passaram a noite no Ginásio de Esportes Padre Piva.
Gabinete de crise coordena ações em Castro
Um gabinete de crise foi instalado na Prefeitura para coordenar as medidas de resposta, envolvendo a Defesa Civil estadual e municipal, além do Corpo de Bombeiros. O grupo trabalha na elaboração de laudos para solicitar oficialmente a Situação de Emergência. O objetivo é agilizar os recursos necessários para a recuperação do município.
Educação e saúde retomam gradualmente
Na área da educação, mais de 1,2 mil alunos puderam retornar às aulas nesta quarta-feira (28), após reparos emergenciais em três escolas: Dr. Lourival Leite de Carvalho, Professora Marilda de Fonseca Fadel e a unidade do Jardim Bela Vista, todas localizadas em bairros atingidos.
Já na saúde, quatro unidades permanecem fechadas: as UBS Araucária e Jeovah Ribeiro, a Sala de Fisioterapia anexa e o Ambulatório da Pele. Equipes realizam consertos para que os atendimentos sejam retomados até quinta-feira. O Centro de Atividades Físicas, que também sofreu danos, passa por limpeza e deve reabrir no mesmo prazo.
Origem da tempestade de granizo
De acordo com o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná), a tempestade foi causada pelo deslocamento de um vórtice ciclônico de altos níveis, fenômeno que ocorre a cerca de cinco quilômetros de altitude e cria condições para chuvas intensas e granizo, especialmente em períodos de temperaturas mais baixas.
O evento climático também afetou outras cidades paranaenses, como Curitiba e Telêmaco Borba, mas Castro foi uma das mais atingidas. A frente fria começou a se afastar para o oceano ainda na noite de terça, e a previsão aponta a volta do sol na região dos Campos Gerais a partir desta quinta-feira (28).
A mobilização rápida da Defesa Civil e a solidariedade da comunidade têm sido fundamentais para garantir assistência às famílias que enfrentam os prejuízos deixados pela chuva de granizo em Castro.
Com supervisão de Marcos Silva.




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