O Supremo Tribunal Federal (STF) entrou em uma nova etapa no julgamento do chamado Núcleo 3, grupo acusado de articular um golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022 e manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder. Nesta segunda-feira (25), o ministro Alexandre de Moraes determinou a abertura de prazo para as alegações finais de acusação e defesa.
O núcleo é composto por um policial federal e nove militares, todos ligados ou ex-integrantes das Forças Especiais do Exército, conhecidos como “kids pretos” em referência à boina preta da farda. Eles respondem a cinco crimes: organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que o grupo seria responsável pela execução de planos golpistas, entre eles o chamado “Punhal Verde e Amarelo”, que teria como objetivo assassinar Alexandre de Moraes, Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
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Com a decisão de Moraes, fica encerrada a fase de instrução processual. Agora, o Ministério Público terá 15 dias para apresentar sua versão final, seguidos por mais 15 dias para a defesa dos acusados. Após essa fase, caberá ao relator elaborar o voto e liberar o caso para julgamento na Primeira Turma do STF, composta por cinco ministros.
Os réus do Núcleo 3 são: Bernardo Romão Correa Netto, Estevam Theophilo, Fabrício Moreira de Bastos, Hélio Ferreira, Márcio Nunes de Resende Júnior, Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra de Azevedo, Ronald Ferreira de Araújo Júnior, Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros e Wladimir Matos Soares.
Com o processo avançando para a reta final, cresce a expectativa sobre o julgamento que poderá definir penas severas contra os acusados de tentativa de golpe.
*Com informações da Agência Brasil




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