Na manhã desta terça-feira (29), 44 motoristas de 66 e 9 operadores de 13, voltaram entrar em greve no município de Arapoti. Os funcionários que são motoristas de veículos pesados e operadores de máquinas, pedem ao prefeito Irani Barros, um reajuste salarial de 18% no salário base da categoria, qual hoje é de R$ 2.182,40. Em maio deste ano, eles já haviam entrado em greve.
A reportagem do Portal Boca no Trombone, conversou com o porta voz da paralisação, Claudemir Rodrigues Paulino (Claudinho). Ele detalha que “a primeira pedida era os 30%. Aí agora fizemos um estudo e em reunião de Assembleia no Sindicato, decidimos pedir 18% de reajuste no salário base. Fizemos duas propostas, uma seria 6% já e 12% daqui seis meses, a outra é 12% daqui seis meses e 6% daqui um ano, ou os 18% imediato deixamos isso a critério”.
A reportagem também entrou em contato com o prefeito do município, Irani Barros. Em nota, disse que desde o ano passado, a prefeitura tem acompanhado as manifestações de descontentamento da categoria quanto à remuneração. “No início deste ano, fomos procurados pelo sindicato representativo da classe, juntamente com advogados e vereadores. Recebemos formalmente as reivindicações apresentadas, com toda atenção e respeito, e procedemos aos estudos necessários”.
A nota detalha que “em resposta, esclarecemos ponto a ponto as demandas, informando que: a reposição inflacionária e a progressão horizontal na carreira encontram-se rigorosamente em dia, conforme determina a legislação, sendo que todos os acréscimos legais já foram devidamente aplicados; foi realizada uma pesquisa comparativa com municípios da região, constatando-se que a remuneração em Arapoti se encontra dentro da média regional, havendo localidades com valores um pouco superiores e outras com valores inferiores; ao analisar o valor total da remuneração (incluindo todas as verbas), verificou-se que cerca de 75% dos servidores da categoria recebem acima de R$ 5.000,00”.
O prefeito Irani ainda explica que “por outro lado, qualquer aumento nos custos de custeio do município deve ser cuidadosamente analisado para que seja financeiramente sustentável e esteja em conformidade com os limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal”.
Irani lembra da greve que aconteceu durante maio. “No dia 19 de maio de 2025, realizamos uma reunião com representantes da categoria, do sindicato e do legislativo, ocasião em que ficou acordado que, tão logo as condições financeiras e legais permitissem, seria concedido reajuste salarial. Tal compromisso encontra-se devidamente registrado em Ata. No entanto, em julho de 2025, recebemos nova solicitação de aumento salarial, desta vez de 18%. O pedido foi encaminhado ao setor jurídico e à Secretaria de Fazenda para análise técnica”.
Por fim, o posicionamento esclarece que não é possível atender a reivindicação no momento. “Ambos os pareceres concluíram que, diante do cenário atual e dos impactos financeiros dos aumentos já concedidos (como a progressão vertical), não é possível atender à reivindicação no momento. Diante disso, comunicamos oficialmente o sindicato sobre a decisão e reforçamos que a Administração segue aberta ao diálogo, comprometida em buscar soluções responsáveis e sustentáveis para os servidores e para o município”.
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