Fonte: Secretaria de Planejamento do Paraná
Na última segunda-feira (21), a Secretaria de Estado do Planejamento (SEPL) no Paraná foi palco de uma importante reunião entre representantes do Governo do Estado e do Banco Mundial, focada no Programa de Segurança Hídrica (PSH). Este encontro faz parte de uma série de visitas que se estenderá até a próxima sexta-feira (25), visando o alinhamento das ações do programa, que conta com um investimento total estimado em US$ 263 milhões, equivalentes a cerca de R$ 1,6 bilhão.
Deste montante, US$ 186 milhões serão provenientes do financiamento do Banco Mundial, enquanto os US$ 77 milhões restantes representam a contrapartida do Estado paranaense. O PSH tem como meta garantir a segurança hídrica para diversas utilizações no estado, especialmente em face das mudanças climáticas, além de aumentar a disponibilidade de água para a ampliação das áreas agrícolas.
O Banco Mundial já havia realizado uma visita ao Paraná em março deste ano para uma missão inicial de identificação voltada à elaboração do programa. Agora, o foco está na definição das ações prioritárias e no refinamento das estratégias, o que inclui as visitas de campo realizadas nas cidades de Maringá, Umuarama, Loanda, Cianorte e Curitiba.
Durante as visitas, foram avaliadas as condições relacionadas à segurança hídrica e às práticas agrícolas sustentáveis, como sistemas de irrigação por gotejamento e canalização de água da chuva. O secretário estadual do Planejamento, Ulisses Maia, ressaltou a importância desse investimento: “Estamos pensando no futuro do Paraná. Com esses recursos, garantiremos água segura e sustentável, abordando questões como erosão e esgoto rural”.
O secretário da Agricultura e Abastecimento, Marcio Nunes, enfatizou o momento favorável ao desenvolvimento econômico e ambiental do estado: “É fundamental que o crescimento seja sinônimo de respeito ao meio ambiente”. Ele também mencionou os desafios específicos enfrentados na região Noroeste, onde a fragilidade do solo e a baixa pluviosidade exigem atenção especial.
O Programa de Segurança Hídrica visa não apenas melhorar a disponibilidade da água, mas também desenvolver boas práticas sustentáveis de manejo que garantam qualidade dos recursos hídricos e biodiversidade. Além disso, o programa busca mitigar conflitos relacionados ao uso da água e promover o acesso ao saneamento básico em áreas rurais.
A colaboração entre o Banco Mundial e diversas secretarias estaduais é vista como essencial para garantir que os objetivos sejam alcançados. Marie-Laure Lajaunie, especialista em recursos hídricos do Banco Mundial, destacou: “O projeto adota uma visão integral para melhorar não apenas o abastecimento de água potável, mas também a agricultura”.
A área prioritária para o PSH será a região do Arenito Caiuá Expandido, que abrange 116 municípios no Noroeste paranaense. Essa região tem sido severamente impactada por eventos climáticos extremos nos últimos anos. Amauri Pinto Ferreira, gerente de Políticas Públicas e Sustentabilidade do IDR-Paraná, alertou sobre os riscos associados à irregularidade das chuvas e seus impactos na produção agrícola.
Com apoio do Banco Mundial, serão implementadas microbacias em cada município dessa região para aplicar práticas sustentáveis como terraceamento e recuperação de matas ciliares. O IDR-Paraná também designará profissionais especializados para realizar diagnósticos das microbacias e adaptar as intervenções às necessidades locais.
A reunião técnica contou com a presença de diversos diretores das secretarias envolvidas no programa, destacando a importância da governança colaborativa entre as instituições para enfrentar os desafios relacionados à segurança hídrica no estado.
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