Um homem de 45 anos foi detido na última sexta-feira (4) em Castro sob a acusação de exercer a medicina veterinária de forma ilegal. As informações foram divulgadas pelo delegado Jairo Luiz Duarte de Camargo, que está à frente da investigação.
A prisão ocorreu durante uma operação policial que cumpriu um mandado de busca e apreensão. Durante a ação, as autoridades descobriram que o suspeito havia realizado uma cirurgia clandestina em um cachorro utilizando utensílios enferrujados e medicamentos controlados adquiridos irregularmente.
De acordo com o delegado, o homem foi flagrado tratando um animal em condições inadequadas. “Foram encontrados materiais cirúrgicos sem qualquer tipo de esterilização, além de medicamentos armazenados de forma irregular e sem a devida prescrição médica”, detalhou Camargo.
A operação contou com a colaboração de duas veterinárias da Vigilância Sanitária do Município, que ajudaram a confirmar as infrações cometidas pelo suspeito. “O cachorro estava em uma situação crítica, já tendo sido submetido a um procedimento cirúrgico e sob medicação inadequada”, acrescentou o delegado.
O indiciado enfrenta acusações de exercício irregular da profissão, maus-tratos a animais e tráfico de drogas devido à posse dos medicamentos controlados. Após a audiência de custódia, ele recebeu liberdade provisória, enquanto as investigações continuam.
A equipe responsável pela investigação planeja ouvir mais testemunhas para concluir o inquérito. O nome do suspeito não foi divulgado pela Polícia Civil em respeito à legislação sobre abuso de autoridade. A defesa do acusado ainda não foi identificada.
O delegado também revelou que as cirurgias eram frequentemente realizadas nas residências dos clientes. “Ele realizava castrações e outros procedimentos cirúrgicos. Em um caso específico, ele removeu um órgão de um cachorro, mas acabou retirando todo o sistema digestivo do animal. No flagrante atual, a tutora do cão pagou R$ 3 mil com a promessa de que ele realizaria uma radioterapia, mas na verdade ele apenas aplicou antibióticos e anti-inflamatórios”, finalizou o delegado.
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