Em entrevista ao BNT News nesta quinta-feira (12), o economista e professor Alexandre Lages explicou os efeitos do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) na economia brasileira. Originalmente criado para regular o mercado financeiro, o IOF tem sido utilizado pelo governo como ferramenta de arrecadação, o que gera preocupações sobre seus impactos econômicos.
Lages destacou que o IOF foi concebido para controlar especulações e distorções no mercado financeiro, proporcionando segurança aos investidores. No entanto, sua utilização como meio de arrecadação pode gerar incertezas e afetar negativamente a confiança no ambiente de negócios.
O economista alertou que o aumento do IOF pode elevar os custos financeiros para empresas e consumidores, especialmente no crédito e no setor imobiliário. Ele mencionou que o governo já arrecadou bilhões com o imposto, mesmo sem uma decisão definitiva sobre sua aplicação.
Além disso, Lages ressaltou que o impacto do IOF não se limita aos investidores, mas atinge diretamente o consumidor final. O aumento dos custos financeiros pode levar empresas a repassar os aumentos de preços para os produtos e serviços, afetando o poder de compra da população.
O economista também comentou sobre as recentes medidas do governo, como a taxação de investimentos no exterior, que geraram reações negativas no mercado e foram posteriormente revistas. Ele enfatizou que a instabilidade nas políticas fiscais e tributárias pode prejudicar a recuperação econômica e aumentar a pressão sobre os consumidores.
Em um cenário próximo das eleições, Lages observou que a implementação de novos impostos pode ser vista como impopular, e o governo pode buscar transferir a responsabilidade para o Congresso. Ele concluiu que a situação exige atenção e debate para evitar consequências negativas para a economia e para a população brasileira.
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