A arrecadação com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nos municípios dos Campos Gerais atingiu R$ 1,14 bilhão nos cinco prmeiros meses de 2025. O valor representa um crescimento de R$ 97,1 milhões em comparação com o mesmo período de 2024, quando a soma das receitas foi de R$ 1,05 bilhão— um aumento de 9,24% no total arrecadado. Os dados são da Delegacia Regional da Receita Estadual e os números compreendem Ponta Grossa, Carambeí, Castro, Piraí do Sul, Tibagi, Ortigueira, Imbaú, Palmeira, Jaguariaíva, Arapoti, Ipiranga, Ivaí, Reserva,Porto Amazonas, Telêmaco Borba, Sengés e Imbituva.
Conforme o relatório, o município de Ponta Grossa lidera com folga a arrecadação da região, com um total de R$ 727.590.017,37 entre janeiro e maio deste ano — R$ 104,7 milhões a mais que em igual período de 2024, quando arrecadou R$ 622.840.842,20. O avanço de 16,8% consolida a cidade como principal motor econômico dos Campos Gerais.
Municípios com maiores crescimentos (comparando os cinco primeiros meses de 2024 com 2025)
- Ponta Grossa: +R$ 104.749.175,17
- Porto Amazonas: +R$ 12.003.196,72 (aumento de 59,8%)
- Arapoti: +R$ 13.307.545,29 (impressionantes 200,6% de crescimento)
- Imbituva: +R$ 6.353.770,14 (+12,9%)
- Piraí do Sul: +R$ 2.519.426,77 (+77,3%)
De acordo com o delegado regional da Receita Estadual em Ponta Grossa, Márcio Trentin, “a região dos Campos Gerais destaca-se como um importante polo econômico do Paraná, impulsionado por setores agropecuário e industrial robustos. As cooperativas agrícolas desempenham papel fundamental no fortalecimento do agronegócio, enquanto o parque industrial diversificado promove a geração de empregos e renda. Além disso, Ponta Grossa configura-se como um estratégico entroncamento rodoferroviário, facilitando o escoamento da produção regional. Essa combinação de fatores tem atraído investimentos contínuos, consolidando os Campos Gerais como uma região dinâmica e em constante expansão. Como reflexo desse cenário, a arrecadação de ICMS vem apresentando bom desempenho em relação a outras regiões do Estado. Em maio de 2025, a arrecadação de ICMS relativa aos contribuintes da 3ª Delegacia da Receita Estadual (22 municípios) registrou um aumento nominal de 8,15% em relação ao mesmo período do ano anterior”, destaca.
Quedas e retrações
Apesar do saldo positivo geral, alguns municípios registraram quedas expressivas. O caso mais notável foi o de Imbaú, que viu sua arrecadação despencar de R$ 4.106.878,37 nos cinco primeiros meses de 2024 para R$ 2.159.908,67 em igual época de 2025 — uma retração de 47,4%.
Também tiveram queda Jaguariaíva: redução de R$ 3.945.551,48 (-11,5%), Castro: menos R$ 4.154.579,50 (-8,3%) e Palmeira: perda de R$ 763.923,51 (-2,7%).
De acordo com o delegado, “essa dinâmica da arrecadação do ICMS é comum em todos os meses. Vários fatores podem influenciar na oscilação da arrecadação deste imposto, tais como: crescimento ou desaceleração da atividade econômica, a realização de investimentos e a instalação de novas empresas, sazonalidade e questões climáticas que afetam a produção agrícola, ocasionando safras ruins. Mudanças no comportamento do consumidor e variações nos preços também podem influenciar diretamente a arrecadação”, observa. “É importante destacar que cada localidade possui predominâncias econômicas distintas, algumas com forte presença da agropecuária, outras com maior concentração industrial, e ainda aquelas mais voltadas ao comércio e à prestação de serviços. Essa diversidade setorial contribui para que a arrecadação apresente comportamentos distintos ao longo do tempo, refletindo as características e os ciclos próprios de cada região”, completa.
Ortigueira se mantém no topo industrial
Com forte presença de grandes indústrias e beneficiada por obras de infraestrutura, Ortigueira manteve uma das maiores arrecadações da região, com R$ 122.727.051,78 nos cinco primeiros deste ano — crescimento de 2,6% em relação ao mesmo período de 2024.



