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Brasil

Depoimento de general ao STF revela tentativa de golpe e conflitos com Bolsonaro

Bolsonaro - STF Boca no Trombone Bolsonaro – STF
Foto: reprodução.
STF investiga alegações de golpe pós-eleitoral; general Freire Gomes contradiz depoimentos e revela pressões da PRF em apoio a Bolsonaro.
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No último dia, o Supremo Tribunal Federal (STF) deu início à coleta de depoimentos em relação às alegações de uma tentativa de golpe de Estado que se desenrolou após as eleições presidenciais de 2022. Dentre os testemunhas ouvidas estava o general Marco Antonio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, que confirmou sua participação em reuniões onde Jair Bolsonaro discutiu um plano de ruptura democrática. Freire Gomes afirmou ter alertado o então presidente sobre a impossibilidade da adesão das Forças Armadas a tal conluio.

Entretanto, durante seu depoimento ao STF, Freire Gomes contradisse declarações anteriores feitas à Polícia Federal (PF), ao negar que tivesse dado voz de prisão a Bolsonaro. Essa incongruência não passou despercebida pelo ministro Alexandre de Moraes, que presidiu a audiência. Moraes questionou a clareza das respostas do militar e enfatizou a necessidade de veracidade nas informações prestadas: “A testemunha não pode deixar de falar a verdade. Se mentiu à polícia, tem que reconhecer isso aqui também”, advertiu o ministro.

No decorrer da audiência, Freire Gomes esclareceu que suas comunicações com Bolsonaro foram limitadas a alertas sobre os perigos envolvidos em um plano golpista. “Foram apenas lidos alguns considerandos sobre aspectos que poderiam remeter a uma possível Garantia da Lei e da Ordem ou estado de Defesa. Era uma abordagem muito superficial”, afirmou.

A audiência contou ainda com a participação dos ministros Cármen Lúcia, Luiz Fux e Cristiano Zanin, além do depoimento de outras testemunhas como Éder Lindsay Magalhães Balbino e Clebson Ferreira de Paula Vieira. Estes últimos relataram ações questionáveis realizadas por autoridades ligadas ao governo Bolsonaro durante o período eleitoral.

Clebson Ferreira, analista de inteligência da Polícia Rodoviária Federal (PRF), expressou surpresa com as instruções dadas pela delegada federal Marília Alencar para bloquear estradas na Região Nordeste durante o segundo turno das eleições. Ele destacou um clima de “desespero da cúpula” em coletar informações sobre regiões onde Luiz Inácio Lula da Silva obteve maior apoio.

Por sua vez, Adiel Pereira Alcântara, coordenador de análise de inteligência da PRF na época, confirmou a existência de uma força-tarefa destinada a mapear eleitores pró-Lula e criticou o envolvimento do então diretor-geral da PRF com o governo. “Ele (Silvinei Vasques) tinha uma proximidade excessiva com o ex-presidente e conduzia uma polícia mais alinhada aos interesses do governo do que ao Estado”, declarou Alcântara.

Embora o depoimento do brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior estivesse programado para ontem, ele solicitou a alteração da data para 21 de maio. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), também tinha um depoimento agendado, mas foi dispensado tanto pelo procurador quanto pela defesa responsável pela sua convocação.

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