Com a divulgação dos lotes finais de restituição do Imposto de Renda deste ano, não apenas os cidadãos brasileiros estão entusiasmados – os golpistas também. Todos os anos, esses cibercriminosos se aproveitam do período para roubar dados pessoais e dinheiro de suas vítimas.
Para se proteger, abaixo estão os 3 principais sinais de alerta e como proceder diante dessas ameaças.
1. “Erros” na declaração
Uma das táticas mais comuns ocorre quando os criminosos enviam e-mails ou mensagens de texto alegando supostos erros na declaração do contribuinte, muitas vezes usando logotipos, linguagem tributária técnica e até mesmo endereços de e-mail que simulam o formato da Receita Federal.
A urgência é um elemento fundamental desse golpe. Frases como “resolva imediatamente” ou “acesse agora para evitar penalidades” são usadas para assustar as vítimas. A Receita Federal, contudo, nunca exige que os contribuintes corrijam erros por meio de links de e-mail.
2. Links ou arquivos suspeitos
Outro sinal de alerta clássico são mensagens sobre restituições que só podem ser acessadas ao se clicar num link, baixar um arquivo ou abrir um documento anexado. Esses links costumam levar a sites falsos, projetados para se parecerem com o portal online da Receita. Uma vez lá, as vítimas acabam fornecendo informações bancárias, números de CPF ou até mesmo pagando taxas falsas.
O risco é duplo: não apenas os criminosos podem coletar dados confidenciais, mas links maliciosos também podem instalar spyware ou outros malwares nos dispositivos. É importante lembrar que a Receita Federal deposita as restituições diretamente na conta cadastrada na declaração, nunca através de links por e-mail.
3. Restituição antecipada
Um terceiro golpe envolve a promessa de se “antecipar” a restituição do Imposto de Renda em troca de uma taxa especial ou de dados pessoais ou bancários. Porém, é crucial lembrar que a Receita Federal nunca solicita pagamentos para liberar restituições, nem autoriza pessoas físicas a acelerar o processo.
Como se manter seguro
Proteger-se contra essas fraudes exige uma combinação de conscientização e segurança digital. Os especialistas sugerem que os contribuintes:
- Usem ferramentas de cibersegurança: ao investir em estratégias como usar VPN (rede virtual privada), os cidadãos conseguem não apenas mascarar suas atividades online por meio de criptografia, mas também se proteger contra sites maliciosos, já que muitos serviços de VPN agora também incluem recursos como verificadores de links suspeitos.
- Sejam céticos: ao se deparar com mensagens inesperadas relacionadas a impostos, restituições e assuntos correlatos, é preciso cautela. Antes de tomar qualquer atitude, deve-se verificar o remetente e nunca confiar em links que prometem atalhos.
- Matenham um antimalware ativo: com esses programas defensivos, é possível reduzir os danos de uma infecção caso se baixe um arquivo malicioso proveniente de um e-mail de phishing.
Em resumo: ter vigilância e cautela pode ajudar os contribuintes a evitarem uma boa parcela dos golpes mais comuns. A ajuda da tecnologia, por sua vez, eleva essa proteção e garante que a temporada de restituição do Imposto de Renda seja um momento de alívio, e não de pânico e desespero.



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